quinta-feira, outubro 01, 2009

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domingo, abril 19, 2009

Liberdade e Beleza



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De Plotino aos dias de hoje uma odisséia no real sentido da beleza e o quanto estamos distante dela
Por Eduardo Vergara
Fontes de pesquisa: IBIT - Instituto Brasileiro de Inteligência Tecnológica e Departamento de Ffilosofia da UFMG
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Condicionados a viver em parâmetros pré-definidos achando graça e beleza naquilo que já disseram um dia que era bonito, fomos assumindo posição sobre os mais diversos assuntos, levando em consideração apenas os conceitos de quem já havia formatado antes esses padrões. Assim, fomos descobrindo, desde a infância, que era melhor abandonar a própria sensibilidade em favor de manter-se dentro da “coerência” social e não correr o risco de ser chamado de “diferente”. Esse comportamento fez com que fossemos nos afastando da análise pessoal sobre o que é bonito, num processo onde abrimos mão de nossa liberdade de pensamento e expressão. Sem perceber, fomos tomando como base de beleza alguns poucos modelos, e restringindo a alegria de ver algo bonito em raros momentos.
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A criação da beleza
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O grau de felicidade das pessoas está ligado à capacidade de achar graça em algo. Não é tão difícil entender esse “link”. É natural que quanto mais coisas bonitas você consiga enxergar, mais momentos de alegria você terá. Portanto, educar a mente e o coração para perceber a beleza é um caminho para ter mais momentos de felicidade. Para Plotino, filósofo egípcio, 205 a 270 d.C., que escreveu o tratado “Acerca da Beleza Inteligível”, a alma tem o desejo amoroso de unir-se à beleza. Abrir as portas para ver beleza em número maior de coisas e pessoas pode ser entendido como aumentar as chances de sentir amor. Plotino salienta que a beleza pode ser alterada de modo significante pela mente e cita em sua obra exemplos simples como a comparação de duas pedras iguais na sua forma bruta. Ele descreve o artista que percebeu a possibilidade de beleza naquele objeto e o trabalhou no sentido de transformá-lo em uma bela estátua. Ao compará-la com o objeto primário, a pedra, mensurou a beleza produzida pela mente. Ou seja, a beleza pode surpreender e emocionar a partir da ação humana. Contudo, a criação da estátua está condicionada ao direito e à liberdade do artista em produzir aquela obra, provocando a oportunidade de produzir a beleza, e enriquecer seus sentimentos e o de outras pessoas com ela.
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A beleza pré-moldada
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A beleza que foi delineada para moldar a maioria, antes mesmos de nascermos, é a principal responsável pela não aproximação das pessoas. O fato de predicados pré-estabelecidos, que determinam o padrão de beleza, não serem encontrados num semelhante, pode romper para sempre um relacionamento que poderia dar certo, e momentos de prazer e alegria perdidos sem mesmo terem sido considerados. Esse aborto precoce ocorre logo no início da possível relação, quando o padrão de beleza diz se aquela conversa deve continuar ou não. Por exemplo, viver sob essa pauta é que nos faz decidir por um veículo ou outro. Normalmente, compramos aquele que achamos mais bonito, objeto do desejo, sem considerar o restante dos aspectos que poderiam ser mais importantes do que a própria beleza. É desse modo que agimos com as pessoas num primeiro momento, classificando-as como feias ou bonitas. A experiência de vida nos levou a especificar demasiadamente nossos padrões e a transformar o relacionamento em algo difícil de acontecer.
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A beleza no segundo tempo
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A chegada da vida eletrônica, que permite nos apresentarmos sem sermos avaliados pela beleza, foi o objeto de estudo da pesquisa desenvolvida pelo IBIT sobre o assunto. Dois aspectos de grande importância foram verificados: a derrubada da beleza como fator impeditivo de relacionamento e a necessidade do ser humano se relacionar para viver momentos de alegria. Às voltas com ferramentas como Orkut e MSN, a internet foi capaz de eliminar a primeira etapa de um contato: a beleza física. Por isso, não é raro encontrar pessoas sozinhas fisicamente dando gostosas risadas em frente à tela do computador. O mundo mudou, mas o sentido da beleza não. Continuamos a entendê-la como um fator de extrema importância. Assim, depois da fase de contato eletrônico, o primeiro item a ser tratado nos relacionamentos cibernéticos é a foto. Todo mundo quer saber o desenho físico de quem está do outro lado. Essa verificação pode determinar o fim do relacionamento, mas não tem tanta força quanto tinha num primeiro encontro físico.

A beleza no mundo abstrato

A internet é a maior evidência de que o ser humano necessita de um grau de relacionamento mais íntimo temperado com cumplicidade. Os alertas de especialistas, muitas vezes isolados em conceitos pessoais e exclusivos de suas próprias cabeças, sobre os perigos das ferramentas de relacionamento disponíveis na grande rede, soam como uma ameaça real à integridade. Certo ou errado, sem medir, pais preocupados com as armadilhas que a liberdade eletrônica dos filhos pode atrair se tornam inconvenientes bisbilhoteiros. Não raro, esse comportamento vigilante atinge casais. O fato de as pessoas se conhecerem virtualmente, trocarem idéias, se divertirem, se emocionarem e, até mesmo, fazerem sexo, ilumina a mente e os corações das pessoas. Esse contexto traz no fundo algo mais revelador, a carência humana. As gerações por muito tempo foram educadas para o isolamento e a exatidão, o chamado preto no branco. Os campos do abstrato e das variantes de relacionamento foram esquecidos. Acontecimentos virtuais são realidades, quase pegáveis de tão fortes, do habitat abstrato. Claro que não são todas as pessoas capazes de se relacionar nessa freqüência, mas é fato que os relacionamentos não se limitam a matéria. A internet é óbvia e sintetiza a verdade sobre os efeitos reais no dia-a-dia das pessoas a partir de suas movimentações virtuais. Mas, não é só de cliques que vivem os relacionamentos abstratos. Uma frase bem entendida num livro ou na boca de um mestre, o cair da ficha, uma música instrumental sem as fronteiras das palavras, o cheiro da natureza e a mágica da terra, da vida simples, se tornam extremamente poderosos quando percebidos. Apenas com um olhar mais atento, da imagem de um profundo teto vazio ao rico infinito do universo, é possível criar uma relação da existência com o cosmo e sentir isso verdadeiramente. Esse é um processo de relacionamento que, inserido no cotidiano de necessidades, prazos e padrões, acabamos por abrir mão.




O relacionamento cibernético vai bem, obrigado! Num mar de encontros virtuais, os sonhos mais guardados acabam sendo revelados entre os usuários desse mundo e eles se sentem bem com isso. Dados divulgados pela Microsoft no início de 2009 revelam que o Brasil atingiu a marca de 30,5 milhões de usuários no MSN Messenger, cerca de 11% do total mundial de 263 milhões de usuários. No Orkut, a ferramenta disponibilizada pelo Google, seis em cada dez que utilizam o serviço se dizem brasileiros, o que significa 19 dos cerca de 31 millhões de usuários. Fonte UFRJ.

A verificação da beleza

A beleza é o passaporte porque autoriza a entrada da informação para dentro de nós. Ampliar a percepção para que tenhamos um espectro maior de verificação do que é bonito, pode nos dar outra visão da vida e aumentar de modo significativo a capacidade de nos relacionarmos e de sentir prazer. Há uma verdade incontestável sobre o que sentimos e o que fazemos: o abismo entre o pensamento e a ação. Aproximar a coerência entre a atitude em relação ao que se passa na mente é promover a maturidade e a aceitação do que realmente somos. Não para todos, mas para boa parte, esse pode ser considerado um grande passo para a libertação dos padrões e a chance de visualizar em pequenas e insignificantes coisas, uma enormidade em beleza, sabedoria e o entendimento do que realmente é importante: ser feliz o máximo possível.

Beleza energética
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Sem querer que todas as coisas feias a partir de um determinado momento fiquem bonitas, podemos agir para nos apresentarmos mais bonitos e atraentes. A feiúra existe, mas pode ser modificada! Para enriquecer a capa, os recursos mais utilizados são físicos, como emoldurar o corpo com vestuário criativo e alegre, exercícios, ou por meio de plásticas. Todavia, a qualidade energética de uma pessoa pode deixá-la muito mais bonita do que é ou feia na mesma proporção. Após a credencial da beleza num primeiro momento, a energia da pessoa é o alvo de análise da alma humana. A energia bonita é a verdadeira, da essência, corajosa para dizer a que veio. A energia feia é a que vende aquilo que não é só para tentar impressionar de alguma forma. A tarefa de quem se propõe a isso é difícil e quase sempre não dá certo porque o sentimento humano dá um sinal de alerta no campo da intuição. Ser ou fingir ser é uma opção pessoal, mas o comportamento de quem está do outro lado da conversa é o de procurar a verdade e a leitura da energia faz parte desse processo naturalmente.

Beleza e liberdade
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O direito à liberdade de agir de acordo com o pensamento pessoal é um instrumento natural divino. A mente, numa incrível independência dos valores e credos, age conforme a natureza do que realmente somos. Pode ver e criar beleza em qualquer lugar dentro e fora da mente, na gargalhada ou um num olhar. Assim, a livre movimentação pessoal em prol do contato com a beleza que, como já dizia Plotino é o que atrai a alma, de nada depende. É uma decisão pessoal em busca do belo, da surpresa, da felicidade e do amor. Então, sorria! Você pode estar sendo filmado.

Mente Indomável

A insustentável leveza do pensamento que desliza sem controle pelo universo do desejo revela a essência do que realmente somos.
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Contenção - A maior parte dos estudos sobre a consciência e o corpo, classificam-os como unidades independentes de um conjunto cujos papéis são distintos. Ao contar até dez para não agirmos impulsivamente estamos forjando a nossa real vontade e nos mostrando ao meio no qual vivemos de uma forma que não condiz com a verdade do pensamento. Nesse contexto, o corpo humano é o meio de frear o desejo.
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Liberação - A mente quando só, se sente livre e autorizada a imaginar o que quer que seja e desfrutar dos prazeres quase nunca revelados aos outros. O desejo sexual, por exemplo, é revelador e capaz de nos mostrar o quanto somos diferentes fisicamente da realidade delatada em nosso pensamento.
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Contexto - Educados quanto aos parâmetros sociais que controlam as nossas ações no dia-a-dia, somos praticamente obrigados a seguir as regras petrificadas ao longo da história do ambiente no qual vivemos. Assim, aquilo que gostaríamos de fazer, ou aquilo que nossa mente já fez, fica escondido num baú lotado de desejos contidos.
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Aberração - Nossa mente só tem olhos para a aberração? Quando dá, praticamos o pecado e ninguém pode nos condenar, estamos escondidos na própria imaginação. Somos tão maus assim?
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Solidão - Para quem tem boa imaginação, a solidão é uma solução para a distração. Com o pensamento mergulhado nas mais originais orgias mentais, há quem possa criar sinfonias apenas acionando os mecanismos cerebrais. Se esse contexto for revelado pelo seu criador, como louco será rotulado, mesmo que houvesse chance de ali estar um Mozart.
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Traição - É proibido. Daí à frente não será permitido. O seu compromisso deve ser mantido. Não. Note que simplesmente vivemos para desobedecer ao que a nossa mente olha com tão bons olhos. Sempre que ela quer, existe um senão para impedir.
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Trabalho - Envolvidos numa interminável correria diária, vivemos atolados de compromissos que acabam sendo muito mais importantes do que nós mesmos. Claro que precisamos do dinheiro que vem no vácuo desses contratos. Claro que devemos obrigação ao que assinamos um dia, lá atrás. Claro que estamos satisfeitos. Mas, o que a nossa mente nos diz a respeito disso?
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Prostituição - Se pensarmos bem sobre o assunto, não é difícil perceber que vendemos a nossa mente e o nosso corpo por uma quantia no fim do mês. É por dinheiro sim! Do mesmo jeito que as assíduas formosuras agüentam seus gatos gostosos ao final da noite por um trocado, a enorme maioria de nós agüenta os mais temerosos e injustos contratempos no trabalho, que às vezes ferem até a alma. Mesmo assim, no dia seguinte levamos a nossa mente dolorida para mais um dia de amargas e imprevisíveis situações.
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Corpo - Lógico! O corpo não tem nada a ver com os problemas da mente e precisa ser alimentado. Para ele devemos dar um teto e uma caminha gostosa para descansar, mesmo que para isso tenhamos que deixar a mente de costas para a envergadura autocrática, pronta para o que der e vier.
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Princípio - O princípio é o mesmo. Atendendo a todos os tipos de ordens nos mantemos o tempo que for necessário para que possamos nos manter materialmente. Por isso, a mente voa e com muita propriedade. Graças a essa divina liberdade, a alma pode encontrar algum sossego num bonito lugar ou nos braços de alguma boa companhia. Por isso, é bom sonhar!
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Casamento - É bom enquanto dura. Quando acaba vira o caos. Quase sempre não sabemos o momento dessa transição que em muitos casamentos é fato. A verdade é que a mente nunca se casou, ela sempre foi muito além do contrato civil ou das palavras religiosas.
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Sonhador - Num mundo de poucas risadas de dentro para fora e de grosseiras palhaçadas de fora para dentro, o sonhador vislumbra a oportunidade de ser feliz em eloqüentes sinais da imaginação. Muitas vezes é questionado do que está rindo e aí vai a resposta: é de sua mente livre que se dá o direito de pensar nas idéias mais fora de propósito. Melhor do que isso é ele acreditar que a infâmia pode dar certo.
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Violência - As estruturas sociais que norteiam as nossas atitudes configuram um quadro onde a nossa mente quase nunca pode se expor como realmente é. A mordaça é tão forte que a mente pode nascer, viver e morrer sem dizer um “A” sobre a sua verdade íntima.
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Essência - Somos o resultado de todas as decisões que tomamos no passado. O nosso pensamento impulsivo revela a nossa realidade de forma pura.
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Pesquisa - Os estudos sobre o nível que a nossa mente ocupa em relação à matéria ainda são ínfimos e pautados por parâmetros pouco científicos. Apesar de raros, existem grupos de pesquisadores devidamente munidos de informação sobre o assunto. Contudo, a maior parte das formatações sobre a mente é explorada na esfera religiosa, na obscuridade mística ou na sutileza tibetana. De qualquer modo é inegável que o que pensamos é muito diferente das ações e não custa nada imaginarmos em como seria o mundo dentro de um parâmetro real sobre a nossa consciência.
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Verdade - Passar um dia falando a verdade, refletindo exatamente o que a mente gerou lá no íntimo pode ser um exercício prático para começar a entender o quanto estamos distantes da realidade dos desejos da nossa própria alma.
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Coragem - Evidentemente é preciso ter coragem um precioso atributo - para agir de acordo com a sua vontade e estar preparado para a reação das pessoas à sua nova, mas verdadeira, personalidade.
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Ganho - Liberdade. Desde os primórdios é a moeda de maior valor entre os homens. Por ela aconteceram as maiores e mais sangrentas batalhas entre os povos. Ademais, a maior pena aplicada pelo Estado contra um infrator é a sua privação. Nada é tão valioso. Ao abrirmos mão de expressar exatamente o que somos, abrimos mão de nosso bem mais precioso.
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Beleza - Admire e crie. Estar perto da beleza é aumentar em muitas vezes a chance de sua alma se sentir feliz, como há muito dizia Plotino.

terça-feira, abril 14, 2009

COPA 2014 - A história que ninguém contou

SONHO REAL
Antes da copa de 2006, surgiu numa empresa de Brasília a campanha para trazer a Copa do Mundo para o Brasil
Fontes de pesquisa: IBIT - Instituto Brasileiro de Inteligência Tecnológica e Gasol Combustíveis

Entre os comentários que enquadravam a idéia de vanguardista numa ponta, e de completamente sem propósito na outra, em março de 2006, exatamente há 3 anos, eram iniciados os trabalhos para que a Copa do Mundo de 2014 viesse a ser realizada nos gramados brasileiros. Independente de quantos movimentos desse tipo existissem no mundo, um deles chamou a atenção porque propunha a abertura do tão grandioso evento na Capital do Brasil. A idéia surgiu nos corredores da Gasol, uma tradicional revendedora de combustíveis de Brasília, e ganhou corpo a partir do apoio institucional do IBIT e da produção de uma programação visual desenvolvida pela E-Express Creative, específica para a divulgação da primeira campanha em prol da Copa no DF que se tinha notícia até então. Com a divulgação dos cartazes e outdoors espalhados pelos postos da rede e em pontos comerciais de parceiros que aderiram à idéia, a campanha foi tomando corpo especialmente por conta de uma grande e espontânea participação dos clientes da rede e de simpatizantes em geral. Um e-mail para a declaração de apoio ao evento foi colocado à disposição do grande público e rapidamente se viu o quanto a idéia agradava. Em menos de dois meses, mais de 1.000 e-mails assinados a favor da Copa e da sua abertura em Brasília foram enviados. A Gasol, por sua vez, ao receber visitantes ilustres em suas dependências, sempre aproveitava as brechas das reuniões para divulgar a campanha e, assim, iniciativas em prol do evento começaram a acontecer fora das fronteiras da empresa. A Gráfica Zeni, uma colaboradora incondicional, imprimiu todo o material de divulgação que acabou chegando à Câmara Legislativa do DF e em outros órgãos de igual importância na esfera governamental. Daí, já se ouvia em vários pontos da cidade o zum, zum, zum sobre a real possibilidade da realização da Copa no Brasil e em Brasília.

O Brasil na Suíça

Pouco mais de um ano depois, muita coisa aconteceu e no dia 30 de julho de 2007 o Brasil se apresentava em Genebra, na Suíça, como candidato a sediar a Copa do Mundo de 2014. Apesar de não haver nenhuma ligação entre a humilde equipe que propunha a Copa em Brasília e a CBF, a comemoração na Capital foi intensa. No dia 27 de agosto de 2007, aquilo que um dia pareceu uma loucura nascida nos bastidores da Gasol aconteceu, o Governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, anunciou a candidatura de Brasília para sediar a abertura da Copa. De novo, a comemoração tomou conta dos adeptos à idéia e a sensação de vitória foi amplamente desfrutada. A mobilização para fazer parte do circuito esportivo da Copa não ficou restrita à Brasília e mais 18 cidades estão se preparando para ter o direito de receber as seleções do mundial.









Repleta de simbologia que inclui a catedral da cidade, a taça, o gramado e o pôr-do-sol, a imagem (acima), que apresentou aos brasilienses a idéia de fazer a abertura da Copa 2014 na Capital, já havia nascido antes mesmo do Brasil ganhar a disputa entre os países candidatos. A exposição da marca em mídias como cartaz, outdoor e internet, fez surgir um batalhão de seguidores (mais de 1.000) da idéia que enviaram e-mails assinados aderindo à realização do evento em Brasília.

Projetos inovadores das cidades candidatas

Entre os projetos que se destacam estão os apresentados por Manaus – Vivaldão, o de Natal – Estádio das Dunas, o de Porto Alegre – Beira Rio e o de São Paulo - Morumbi. Todos eles apresentam características arquitetônicas arrojadas e de muita beleza. O projetista Rui Otake, anunciou um design moderno e futurista que transformará o Morumbi num marco arquitetônico. Assim como o desenho dele marcou Brasília com os projetos do Brasília Shopping e do Blue Tree, Juvenal Juvêncio, presidente São Paulo, espera que o Morumbi venha impressionar os olhares da FIFA e levar para a sede do clube a abertura da Copa. Não menos impressionante, o Beira Rio traz com a revitalização do estádio um conjunto arquitetônico de encher os olhos. À beira do rio Guaíba o clube propõe criar shoppings, restaurantes, hotéis e até uma marina que é, ao mesmo tempo, uma estação de um moderno trem elevado. O desing segue uma linha inovadora e sem dúvida irá gerar, independente da sua seleção ou não para sediar a Copa, um grande fluxo de turismo esportivo e de lazer.







O novo Morumbi foi desenhado por um dos mais inovadores arquitetos atuantes no Brasil. Rui Otake apresentou para a diretoria do São Paulo Futebol Clube o projeto que, segundo ele, será capaz de sensibilizar a FIFA para que ali aconteça a abertura da Copa 2014.

Norte e Nordeste dão um show e apresentam idéias que privilegiam a beleza e a funcionalidade
O ninho de pássaro na perspectiva brasileira poderá ser visto no Vivaldão, em Manaus. Não tão grande e majestoso quanto o primo Chinês, mas tão curioso quanto, o estádio proposto pela capital do Amazonas é de uma incontestável beleza. O governo do estado aposta nessa singularidade para garantir o seu lugar entre os estados que irão sediar a Copa. No quesito originalidade a cidade de Natal se apresentou imbatível e trouxe um projeto grandioso e muito diferente de tudo que estamos acostumados a ver. O governo do estado do Rio grande do Norte está muito confiante e encontrou o caminho da Parceria Público Privada para criar um dos mais inovadores projetos de esporte, lazer e cultura já vistos no país. Desenvolvido pela empresa inglesa HOK SVE, a maior do mundo em termos de construções esportivas, responsável, por exemplo, pela criação dos estádios de Wembley (Londres), Emirates (Londres) e da arena olímpica de Sidney, na Austrália, o projeto terá investimentos das empresas Luso Arenas (Portugal), Valora Buygues (França) e Serveng-Civilsan (Brasil), esta última especialista em obras portuárias, característica evidenciada no desenho final que envolve a criação de um lago artificial, pontes e prédios que têm partes das suas fachadas postadas por cima das águas do complexo.







A capital do Rio grande do Sul, Porto Alegre, ganhou do Internacional, time campeão do mundo e um dos mais tradicionais clubes do Brasil, um verdadeiro presente arquitetônico. Não é só pela ousada reforma no estádio Beira-Rio, que ganhará ares futuristas, mas também pelo conceito de integrar esporte, lazer e turismo em um único lugar que tem a força de um grande rio para completar o visual. A equipe que desenvolveu o projeto pensou em tudo e não mediu criatividade para garantir à cidade a recepção da Copa.











A idéia de trabalhar com grandes complexos onde além da prática esportiva é possível usufruir de estruturas diversas como shopping centers, edifícios comerciais e outros, como concebido pelo Inter em Porto Alegre, foi levada ao pé da letra no mega-projeto apresentado por Natal, no Rio Grande do Norte. O arrojado estádio, na figura acima, mostrou que a cidade está realmente disposta a fazer o melhor para receber o mundo. E o parque arquitetônico, abaixo, completa uma das mais bonitas propostas apresentadas ao comitê da FIFA.












O iluminado projeto de Manaus, no Amazonas, também se apresenta acima da média e está na linha criativa dos chineses que maravilharam o mundo com o “ninho de Pássaro”

Abaixo cidades com muitas idéias e pouco impacto





O belo cenário que recebeu o projeto de Brasília para abrir a Copa do Mundo de 2014, na foto acima, não foi o suficiente para elevar o desenho simplista do Mané Garrincha. Ao fundo da foto é possível ver conceitos muito mais audaciosos como o do Brasília Shopping e do Ed. Varig. Somando ao contexto as inúmeras soluções arquitetônicas vanguardistas que Brasília presenteou o Brasil e o mundo, o estádio oferecido para a Copa está muito longe da vocação inovadora da cidade.




Eliminando o cenário de fundo e avaliando as linhas básicas do projeto, ele fica sem expressão como os apresentados pelo Rio (reforma do Maracanã) e Belo Horizonte (reforma do Mineirão).

Mané sem grandes surpresas
O projeto da Capital, apesar de bom, se apresenta extremamente sóbrio e comportado quando comparado às propostas de outras cidades. Pela característica vanguardista de Brasília, cheia de estruturas arquitetônicas de grande impacto, o estádio Mané Garrincha parece algo do tipo “vamos fazer uma coisa humilde para não chamar tanta atenção”. O barulho publicitário feito na inauguração do estádio Bezerrão no Gama, onde o projeto de extrema simplicidade foi aclamado pelas autoridades brasilienses como um primor de tecnologia, demonstra uma linha de condução do governo local menos moderna e desviada do DNA inovador da Capital. Diante da ousada concorrência, tudo indica que para manter sonho de abrir a Copa de 2014 em alta, será preciso mais do que foi apresentado até agora. Inspirar-se na arquitetura de Brasília pode ser a receita para fazer surgir algo que deixe o público impressionado e morrendo de vontade de ver o resultado final. Oscar Niemeyer tem algo assim prontinho. O projeto foi feito para o Maracanã e não vai ser construído pelo Rio de Janeiro em função do alto custo. Porém, por afinidade com as altas cifras e o arrojo de Oscar, quem sabe o lugar certo para a obra do gênio não seja mesmo a Capital do Brasil? Aos sonhadores que um dia tiveram a idéia de criar um movimento em prol da candidatura da cidade e do país para sediar a Copa de 2014, resta a esperança de presenciar os jogos em um lugar à altura dos seus sonhos.


Em Março de 2006, as seguintes empresas patrocinaram para que o sonho da copa 2014 viesse a se tornar real:
Gasol Combustíveis- http://www.gasol.com.br/
E-Express Comunicação - http://www.e-exc.com/
Gráfica Zeni - Graficazeniltda@terra.com.br

ENTRE O BEM E O MAL, A ÉTICA E CIDADANIA

O confronto entre conceitos nobres e a realidade brasileira
por Eduardo Vergara, do fórum de debates na UDF




Os bonitos e desejados conceitos sobre a ética estão ocultos nas profundezas do mar das urgências diárias que afetam a população de modo geral em especial nos países em desenvolvimento como o Brasil, onde somos convencidos de que não se pode parar um segundo para pensar em princípios básicos tão esquecidos como, por exemplo, Moralidade. O contexto “em desenvolvimento” diz muito sobre o estágio ético no qual estamos inseridos. O comportamento que aceitamos aqui como normal e perfeitamente adequável à estrutura formadora da cidadania brasileira é impensável em países com tradição e valores mais apurados. A análise é sobre coisas do cotidiano tipo: prejudicar alguém no trabalho para tomar o lugar dele, ou se tornar um empregado estável e, por conta disso aparecer uma vez por mês no escritório, ou melecar um banheiro público para sacanear o próximo usuário. Por nossa vez, consideramos uma aberração e contra os princípios do direito natural cortar o clitóris de uma mulher por motivos religiosos e culturais, como ainda é muito comum em tribos na África.

Construção de Valores

A ética é construída por valores inseridos naturalmente nos ambientes sociais, especialmente na família, e se desenvolve aos poucos, salvo em casos onde a necessidade supera a razão, vez que, diante dela, qualquer idealismo ético se torna uma ilusão. A partir de certo grau de sustentabilidade, a sedimentação de valores em um ambiente independe de nível financeiro. As qualidades podem ser polidas e levadas adiante no coração e na mente dos membros de uma sociedade até os seus descendentes. Para tanto, eles precisam ter o contato com princípios éticos que devem estar presentes em cada pedaço da base social, num processo onde o conhecimento se faz necessário para o entendimento e a razão para ser ético. A camada mais pobre do Brasil vive numa notória precariedade financeira e de informação, o que praticamente inviabiliza o desenvolvimento da ética e da cidadania. O perigo que todos nós corremos é a falta de valores vir a ser acomodada nas outras camadas sociais, mais abonadas financeiramente, como o que é verificável periodicamente nos noticiários nacionais, corrompendo famílias e sociedades homeopaticamente, tornando o mal uma coisa aceitável e normal.

O Estado: o Exemplo

A responsabilidade pelo desenvolvimento da ética no Brasil está fora do alcance do Estado e poderá ser cuidada apenas pelos braços das pessoas, uma a uma, num movimento contínuo do exercício da cidadania, ainda que sejam seus primeiros passos nessa direção. No Congresso Nacional, os representantes do povo, de modo geral afastados do tema por uma longa distância, se esforçam para manter de várias maneiras, especialmente pelo exemplo que dão, seu patrão, o povo, às margens das possibilidades de aprender a ser ético e exercer a sua cidadania política e social de maneira consciente e valorosa. Contudo, não percebem o mal que estão plantando e colhendo em volume cada vez maior.

Doença e Cura

O sofrimento por conta da falta desses valores tão necessários ao desenvolvimento social não é e nunca foi objeto de avaliação política em nenhuma época no Brasil. Hoje, os mais improváveis podres sociais pipocam com insistência por todos os cantos do país. A relação entre padres e meninos, entre padrastos e meninas, entre policiais e sociedade, entre os impostos e benefícios, são exemplos práticos e diários do grau de corrupção de valores sob o qual acabamos nos submetendo. Curar desse mal será um grande desafio social. Todavia, é urgente e vital para as próximas gerações, a construção de uma pauta ética sob risco da instauração do modelo anárquico como plataforma política. Para a sociedade, no caminho de transformar a própria personalidade em um grande bicho papão maldoso, capaz das piores coisas, é hora de uma pausa para a revisão de atitudes e objetivos. É hora de pensar e agir para o bem comum, trazendo à tona valores éticos onde o respeito às pessoas e ao meio, a verdade na palavra, a amizade, o amor e o fortalecimento das bases familiares de união e felicidade, sejam a missão de cada um de nós, a todo instante, em todos os lugares.

Rabo de Sereia


Nadya Vessey nasceu com má formação nas pernas e teve que amputá-las em duas fases, uma aos 7 e outra aos 16 anos de idade. Aos 50, ganhou uma calda de sereia, desenvolvida pela Weta Workshop, companhia responsável por figurinos, adereços, maquiagem e efeitos visuais de grandes filmes como O Senhor dos Anéis, As Crônicas de Nárnia e King Kong. Nadya pratica natação e como de praxe abandonava as próteses que usava para entrar na água com mais desenvoltura. Numa dessas passagens uma criança a abordou perguntando sobre as pernas dela e Nadya, numa tirada casual, respondeu à menina que era uma sereia e por isso não as tinha. Nesse dia teve a idéia de encomendar o apetrexo à Weta e dois anos depois a empresa apresentou à nadadora o protótipo da cauda modelada a partir de simulações em 3D. Ela já está na água testando o brinquedo que, também, quer usar em competições de triatlo.

Pesquisa revela que 1/4 dos japoneses não fazem sexo!



A Organização Mundial da Saúde e o Instituto de Pesquisa Populacional da Universidade Nihon em Tóquio, capital do Japão, anunciaram um estudo que diz que um quarto dos casais japoneses não mantêm relações sexuais. Os dados surgiram de uma de uma pesquisa que ouviu 9 mil japoneses de 20 a 59 anos de idade e constatou que 24,9% dos casais não mantêm relações sexuais. O nível de distanciamento sexual entre os casais com 50 anos revela um grau de abstinência ainda maior, de 37,3%. Foi a primeira vez que se fez um levantamento desse tipo e o resultado sugere uma reflexão abrangente sobre o assunto num país onde a taxa de natalidade é muito baixa. A Sociedade Japonesa de Sexologia diz que 80% dos casos da falta de sexo, que na medida deles significa um mês sem nenhuma relação, tem causa identificável no comportamento do marido. O principal problema, segundo a instituição está na conhecida devoção ao trabalho dos japoneses. Outros estão ligados à incompatibilidade entre os casais e a relação acaba reduzida a uma ligação consanguínea. Em alguns casos a mulher evita o sexo com receio de que o marido tenha doença venérea, contraída por algum relacionamento casual, e acaba por manter o casamento em função dos filhos.

Banheiro não é para os russos!


Aconteceu no espaço. Os astronautas americanos a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI) não deram permissão ao russo Gennady Padalka de ir ao banheiro. O cosmonauta contou em entrevista ao diário Novaya Gazeta que compartilhar a estrutura da Estação, diferente do que era anteriormente, está cada vez mais difícil. O mesmo aconteceu com relação ao uso dos aparelhos de ginástica e aos alimentos que teriam que ser da dispensa russa. Padalka, que inaugurou a estação em 1998, revelou ao jornal que a atitude americana está muito longe do modo de agir do tempo das primeiras missões. Segundo ele, a hamonia na casa foi quebrada a partir de 2003, quando o governo de seu país começou a cobrar dos EUA para mandar seus astronautas ao espaço. Há, também, um problema com relação à super-lotação da estação que comportaria apenas 3 tripulantes. Porém, mais 2 passageiros chegaram para se hospedarem na casa, entre eles o bilionário americano Charles Simonyi, de 60 anos, que pagou US$ 35 milhões pela viagem.

Campanha social Bibliotecas Casa do Saber - clique na imagem para ampliar a página.


PORT AVENTURA - uma viagem radical na maior montanha russa da Europa

Fontes de pesquisa: IBIT - Instituto Brasileiro de Inteligência Tecnológica, o site www.portaventura.es e Wikipédia


É do conhecimento da maioria que a Espanha faz um trabalho de mestre na área do lazer e turismo, o que garante ao país uma renda excepcional. Entre as várias opções oferecidas, uma chama a atenção porque é a casa da maior montanha russa do mundo. A brincadeira fica no Port Aventura Park, na cidade de Salou, a uma hora de Barcelona. O parque foi inaugurado em 1995, mas só em 2000 ganhou fôlego para disputar com os melhores do mundo com a chegada da Universal Studios, que, além de comprar a maioria das ações, passou a gerenciar o parque. No complexo, além da enorme e assustadora estrutura da montanha russa, há cinco hotéis temáticos que recebem turistas de todo mundo. Cada um numa área específica: a Mediterrânea, decorada como se fosse uma aldeia de pescadores, é o local que tem a montanha russa mais rápida da Europa, atingindo 135 km/h em apenas 3,5 segundos ; a Polinésia, que tem como a maior atração o Tutuki Splash, um brinquedo aquático de 440 metros de extensão com grandes subidas e descidas e mergulhos em túneis; a Far West é o local onde o turista pode se ambientar com uma paisagem desértica recheada de saloons e, claro, uma enorme montanha russa; a região do México tem como principal tema a civilização Maia, onde tem a torre de queda livre mais alta do mundo, com 100 metros de altura; e a China, onde foi instalada a maior atração do parque, a montanha russa Dragon Khan, que na época em que foi inaugurada detinha o título de maior montanha russa do mundo. Dragon Khan é um caso à parte porque tem uma extensão colossal, 1.270 metros, que os três carros com 28 lugares cada conseguem concluir em 1 minuto e 45 segundos, com velocidade acima de 100km/h. Como outros pontos turísticos da Espanha, Port Aventura é um exemplo de empreendedorismo, cobiçado pelo grande público mundial e investidores da área do entretenimento. Olé!!!

terça-feira, fevereiro 17, 2009

CARROS À PILHA E A AR

Fabricados na Índia e na França, carros movidos a pilha e a ar comprimido estarão nas ruas japonesas, indianas e européias a partir de 2009

Depois de tantos altos e baixos nos custos do petróleo, as alternativas para a substituição desse combustível se tornaram uma obsessão em todo o mundo. Inúmeros projetos foram desenvolvidos e alguns prosperaram com sucesso como os carros híbridos da Honda e de pequenas fábricas inglesas e americanas. Seus modelos estavam voltados para a composição de energias provenientes da eletricidade, etanol e hidrogênio. Agora, duas tecnologias de origem francesa e israelense avançam com incrível velocidade e sagacidade. Ambas estão bem próximas de serem lançadas oficialmente ao mundo e marcar a indústria automobilística para sempre.

Shai Agassi e sua proposta inovadora

Shai Agassi (foto), Intel, Renault, Nissan, Honda, Mitsubishi e Subaru são partes de um time do mais alto quilate que aposta na eletricidade para movimentar o mundo. Como se estivessem trocando pilhas de um brinquedo, a idéia deles é vender e comprar baterias de alto desempenho próprias para automóveis que eles mesmos estão fabricando, em postos de abastecimento de energia parecidos com os postos de combustíveis que conhecemos hoje. O custo será menos da metade do que custa a gasolina e quem está por trás de tudo isso, na busca de um mundo mais ecológico e econômico, é um engenheiro de Israel. Agassi é um visionário que, exatamente como muitos outros, por várias vezes tentou emplacar o seu projeto que viabiliza a energia elétrica como combustível, nos sempre cobiçados endereços de Detroit, cidade que abriga as gigantes americanas GM, Chrysler e Ford, viciadas em conceitos ultrapassados e que desprezaram por muito tempo a inovação e a economia - tão importantes para a própria existência. O título de "inovadores" foi para o outro lado mundo onde, os orientais deram mais que uma lição de mercado nos americanos, marcaram a sua presença econômica nos anais da história mundial e hoje, quatro entre os sete maiores bancos do mundo são de lá.

Operação
Shai Agassi é o fundador da primeira rede de postos de abastecimento de energia elétrica, que leva o nome de Better Place (Lugar Melhor), e será instalada em testes no estado americano do Havaí, na Austrália, no Japão e na Dinamarca, exatamente como já ocorre em Israel. O que ele fará é muito simples: abastecerá carros elétricos com baterias e não com carregamento de energia. Ou seja, o cliente chega no posto, troca a bateria do carro e sai andando, tendo pago menos da metade do valor que pagaria se abastecesse o veículo com gasolina. As baterias são carregadas com elétrons de fontes de energias renováveis, tais como a eólica e a solar. A montadora francesa Renault e a japonesa Nissan, ao contrário dos americanos, rapidamente colaram na concepção de Agassi e garantiram veículos em escalada suficiente para o consumo já em 2011, justamente quando todo o sistema israelense deverá entrar em operação. Os que acreditam no projeto compartilham de um mesmo sentimento de mudança na estrutura energética mundial. Não é só um conceito em prol do meio-ambiente, a questão é também econômica e os sabidos da indústria automobilística americana ainda não conseguiram enxergar essa configuração. Apenas contabilizam os prejuízos que os seus carros beberrões estão construindo ao longo dos anos. No Brasil, somos platéia, como é de praxe. Porém, a título de auto-análise, empresas de porte e com muitos anos de vida se comportam de modo empírico e alheio às mudanças na administração de seus negócios. O detalhe que não deve ser esquecido é que até nos EUA a maré mudou e o negócio agora é uma tocada mais dentro da linha de Obama, como já deixou bastante claro o próprio eleitor americano.

Transformando chips em baterias
Na balada da tecnologia, a Intel - a maior fabricante de chips processadores do mundo - já está concentrada para produzir as baterias dos automóveis que deverão ficar cada vez menores e com um volume bem maior de energia. A empresa priorizou a concentração de potência e fez multiplicar em inúmeras vezes a capacidade de processamento dos chips. Quem comanda o projeto é nada mais, nada menos, que o ex-presidente aposentado da Intel e conselheiro da companhia, Andrew Grove. O calibre desse sujeito demonstra o nível de interesse da empresa em suprir uma provável demanda, ainda imensurável, pelo consumo desse tipo de energia. Esse comportamento demonstra, também, que os mercados estão sempre disponíveis à inteligência de companhias que, se bem preparadas, poderão enxergar novos campos de atuação para manter ou até mesmo fazer crescer o próprio negócio. O perigo de não suportar mudanças de grande impacto impostas naturalmente pelo mercado, mora na acomodação, exatamente o que fizeram as grandes montadoras americanas. No frigir dos ovos, elas estão com os dias contados, a não ser que apareça do nada um santo com sobrenome bastante forte do tipo “Jobs” para criar novos caminhos ou algum aventureiro que coloque algumas dezenas de bilhões de dólares em seus bolsos em prol, apenas, da sobrevivência por um tempo não mensurável.

Tata Motors comanda o show dos carros movidos a ar

A Tata Motors, uma companhia indiana de veículos que controla a Land Rover, a Jaguar e uma penca de outras empresas igualmente importantes, anuncia ao mundo as suas pretensões mais audaciosas para 2009: a venda do carro movido a ar quente comprimido. O projeto desenvolvido por um ex-engenheiro de fórmula 1 é revolucionário e estava na gaveta há mais de 15 anos. Por inúmeras fábricas de carros Guy Nègre, o chefe da equipe que desenvolveu o projeto, passou sem sucesso algum. Entre elas, como de praxe, as gigantes de Detroit - Chevrolet, Crysler e Ford, que hoje estão passando um aperto financeiro inédito e que devem estar lá com os seus botões pensando porque não tiveram a mesma visão dos indianos.

Histórico inovador

O comportamento da Tata Motors demonstra uma admirável e arrebatadora versatilidade. Simultaneamente aplica recursos em marcas voltadas para um mercado caro como é o caso da Land Rover, esportivo clássico como é a Jaguar, em veículos voltados para a construção civil, outros para transportes coletivos urbanos e veículos leves e econômicos de baixíssimo custo num espectro de atuação bastante amplo. Há pouco tempo, a Tata se apresentou ao mundo comprando ações de grandes companhias, mostrado que tinha peito, energia e criatividade para enfrentar e até mesmo controlar grandes companhias mundiais. Trouxe ao mundo de modo triunfal, o pequeno, mas muito simpático e econômico, NanoTata. Um veículo de design arrojado que oferece tudo que os consumidores estão acostumados a usufruir em carros de passeio comuns, mas que vem com um predicado bastante relevante: o preço, estimado em apenas US$ 4.500,00. Esse lançamento já havia deixado toda a indústria automobilística de cabelo em pé, mas o impacto que o carro movido a ar deverá causar às grandes do planeta promete ser maior do que a crise financeira que já está derrubando uma a uma.

Desempenho

O pequeno airado pode alcançar 110km/h, e com apenas R$ 4,00 é possível rodar 200 km. Para abastecer só será necessário se dirigir a um posto de gasolina comum que tenha a bomba injetora de ar quente comprimido, que aciona os pistões do motor, e voltar para a estrada, simples assim. Em tempo de proteção à natureza, o carro pode ser considerado a última palavra em termos de tecnologia de transporte, pois seu índice de poluição é praticamente zero. Não é de hoje que os indianos surpreendem e o lançamento do carro movido a ar tem o conceito de economia em tudo. O modelo é pequeno por fora e grande por dentro, seguindo a tendência mundial de produção cujo norte é oferecer carros com o conceito urbano onde prioritário é ser pequeno, confortável, econômico e com bom desempenho. A Tata não deixou por menos e trouxe ao mundo a versão cargo também, onde o veículo tem uma configuração para servir a logística das pequenas empresas, outra tendência comercial mundial. Para ver o pequeno notável em ação, navegue até o site da BBC Brasil e faça a busca por “carro movido a ar”. No link existente na página você poderá descobrir o quanto os indianos foram perspicazes. O preço que se paga por não bancar o próprio desenvolvimento, em muitos casos, é bastante alto. No mundo, relâmpagos de inovações sempre nos alertam que é preciso mudar a maneira de pensar e de que é preciso investir no criativo, descortinando as fronteiras do desconhecido. Agassi e Nègre são exemplos de idéias brilhantes, não muito diferentes das dos gênios espalhados por todo o Brasil, que ainda falam com as paredes quando pleiteiam algum tipo de colaboração financeira à iniciativa privada ou ao poder público. Os criadores dos veículos movidos a pilha e a ar, mesmo com tanta clareza nas suas concepções, não encontraram no passado respaldo nos grandes líderes do segmento. Por sorte deles e do resto do mundo, do outro lado do planeta apareceram empresas que vislumbraram os seus conceitos e liberaram recursos para que pudessem avançar.

MCWAY FALL


A Pérola no mar do Pacífico na Califórnia

McWay Falls é uma obra de arte em forma de cachoeira. Falar que a queda d'àgua beirando o mar é deslumbrante é pouco, pois há um conjunto de fatores que deixam o local no litoral da Califórnia americana com uma beleza ímpar que só pode ser apreciada de modo completo se a visão for do mar. Desse ângulo, o pôr do sol é intitulado como um dos mais impressionantes do mundo. Infelizmente, não é permitido que os visitantes desçam até a enseada ou se aproximem mesmo que seja pelo mar e vários são os motivos. Além dos administradores estarem preocupados com a questão da preservação do lugar, o acesso à praia é muito perigoso. No contexto, há, também, o que os apaixonados por McWay chamam de “grandeza mística” e, segundo eles, se houvesse a presença humana constante, essa característica seria perdida em pouco tempo. A cachoeira, que tem uma queda de 25 metros, é alimentada por mananciais subterrâneos durante todo ano, o que garante o belo visual a qualquer tempo. A fama de McWay Fall é tão grande que fotógrafos dos mais variados quilates e de todas as partes do mundo se organizam para sessões intermináveis de fotografias, especialmente ao cair da tarde.

Big Sur

Esse monumento natural fica no Parque Estadual Julia Pfeiffer Burns, na Califórinoia, e é um dos cartões postais da Big Sur, uma estrada litorânea das mais lindas. Pelas suas curvas, a rotina é apreciar belíssimos penhascos e rochedos batidos pelas ondas ferozes do Pacífico. A história do local começou com os colonizadores espanhóis, que foram os primeiros a notar a beleza do lugar, referindo-se ao ''Grande País do Sul'' - daí surgiu o nome misto, Big Sur, que sobrevive até hoje. A região ficou mais acessível em 1930, com a construção da Highway 1, feita por frentes de trabalho criadas pelo presidente Franklin Roosevelt, cujo objetivo era o de amenizar os efeitos da grande depressão econômica que aconteceu em 1929 nos EUA. Para fazer uma visita à região, existem pacotes no Brasil oferecidos por cerca de US$ 1.500,00 incluindo 2 noites em São Francisco. Outros roteiros mais sofisticados podem chegar a US$ 1.900,00, mas contam com atrativos como 2 noites em Los Angeles, 1 em Central California Coast, 2 em São Francisco, 3 nos parques Yosemite, Sequoia e Death Valley e 2 em Las Vegas, com hospedagem e aluguel de carro inclusos.

MUNDO NEGRO


Uma luz no fim do túnel
A presença da arbitrariedade, da força, do preconceito, da injustiça e da desigualdade social foi uma constante marcante na história do planeta. Mesmo em países desenvolvidos, especialmente os EUA, referência mundial social e econômica, nos últimos 100 anos, foram registrados desequilíbrios extravagantes como o racismo declarado e as guerras desproporcionais aos motivos e objetivos nelas contidos. Após a vitória de Obama, o mundo ganhou uma nova configuração de poder. Espalhado pelo planeta, na esteira de possibilidades que a eleição do presidente dos EUA criou, existe um batalhão de negros competentes, admirados, formados pelas melhores instituições do mundo e preocupados em melhorar cada centímetro de onde suas mãos possam alcançar.

Barack Hussein Obama

Em 2009 estaremos escrevendo o salto dos segregados e oprimidos ao poder na história do mundo. Para alguns poucos, o novo presidente americano não passa de uma cabeça de fósforo que irá se apagar rapidamente. Já para a grande maioria é um poço de es-perança de dias melhores. Para uns raros, Obama representa uma real quebra no sistema de comando do planeta, numa configuração onde a raça de maior alvo de injustiças sociais inverteu o poder e agora manda em tudo como nunca havia acontecido antes.

O que temos a aprender com ele

O que o novo presidente tem de mais valoroso a nos mostrar, além de uma admirável determinação pelos estudos e o trabalho, é a sua metodologia de desenvolvimento humano. Tudo o que ele é, tem a base fortalecedora nos relacionamentos com as pessoas. Não se trata apenas de políticos, mas, singularmente, do envolvimento pessoal com a população mais pobre e desprotegida. Engajado em projetos sociais há décadas, Obama sempre dedicou tempo e esforço para ajudar comunidades por todas as regiões na qual viveu e essa postura pôde conduzi-lo ao entendimento sobre o sentimento humano e as suas carências afetivas e materiais. Os olhos das pessoas que o conheceram de perto no restaurante ou no barbeiro brilham com uma intensidade sem igual. Eles conhecem a pessoa que está assumindo o poder e sabem como essa figura humana sente e pensa. O boca a boca, não é de hoje, foi capaz de encher estádios e fazer borbulhar cidades por todas as direções da América. Carismático, fez com que suas palavras ecoassem aos mais sombrios ouvidos: “sim, nós podemos”. As lágrimas comoventes e honestas de pessoas simples, brancas e negras, presentes nos comícios de Obama davam sinais a todos de que algo diferente estaria para acontecer, um momento onde o mundo viveria a sua maior transformação social e política de todos os tempos. Já perto das eleições, ainda se ouvia dizer por meio de pessoas importantes, em tom profético, que o povo americano jamais daria o poder a um negro, uma situação que não combinava com a história daquele país. Como todos já deveriam saber, o povo mudou e o poder também. Barack Hussein Obama é a representação máxima dessa significativa transformação.

Sem dimensão

Na periferia, aos arredores da ostentosa riqueza de Brasília, Sônia, negra, catadora e recicladora de lixo, é líder de uma comunidade que conta com cerca de 3.500 pessoas, todas sem recursos e que tem os olhos voltados para aquilo que os ricos descartam. Ela é o pivô de sustentação desse grupo e usa o envolvimento pessoal e a cumplicidade para manter de pé uma união que nasceu há 10 anos. Ao conversar com Sônia, é fácil reparar que está sempre se referindo ao todo. A sua prioridade e atenção está sempre voltada ao grupo, à sociedade pela qual defende, exatamente o que Obama transpira em suas ações. Envolta das duas celebridades, cada uma em sua dimensão, a aura social, de visão para o todo e do esforço pessoal que prioriza a evolução e o bem estar comunitário, é notória e desconcertante. O bem-querer é desconcertante. Ao convocar toda a família para os trabalhos sociais e assegurar atenção aos países mais pobres do globo, Obama compartilha os nobres desejos de um mundo melhor com os mais sonhadores e acena para que eles acreditem nisso. A sua eleição é a prova de que ele está certo e Sônia já sabe disso.

Sim, nós podemos

Por todos os lados, a luz intensa, advinda de negros das mais diferentes habilidades, desponta e surpreende como se ali nunca houvesse existido nada que pudesse chamar tanta atenção. Na ignorância de lideranças jurássicas sempre residiu a incredulidade e a resistência às necessárias mudanças que as pessoas, cidades e países precisam passar para se desenvolverem. E a qualidade das relações entre as pessoas é a célula alimentadora para a promoção dessas mudanças. É importante saber dizer “não”, mas é preciso cuidado ao expressá-la. A palavra “não” é a ferramenta mais usada para interromper a liberdade de prosseguir em uma ação, um projeto, ou uma direção. Ela é tão forte que por mais que um cientista, um professor ou um político acredite que dá para fazer diferente, na grande maioria das vezes a sinalização negativa é o último suspiro dado por quem detém o poder. Obama, porém, disse “sim, nós podemos”- o sonho de consumo das mentes brilhantes e transformadoras do mundo que não temem o risco para que possam efetivamente transformar. Sim, nós podemos, deve ser gravado e repetido todos os dias aqui e no resto do mundo por pais, empresários, professores, administradores, cientistas e políticos, para que realmente possamos sair da condição tacanha e pobre de espírito que já nos acostumamos a viver, sem considerar o próximo, os seus traços fortes e a configuração social na qual foi inserido muitas vezes contra a sua vontade.

Barbárie, reflexão e mudança

O modelo com que construímos nossas relações familiares e sociais é aquele que poderá servir a consciência de todos nós sobre o tipo de sociedade que somos hoje. No âmbito geral, nosso semblante é de egoísmo, onde a palavra curta e grossa, não educada, se faz acontecer por uma necessidade de condução velada ou descarada mesmo. A arrogância e o exclusivismo são latentes e exibíveis a todo instante, seja num restaurante, num shopping ou nos sinaleiros. Muitos de nós, não podem nem perguntar o que aconteceu com a decadência dos valores morais, pois entendem a priorização do ego como um processo natural, simplesmente por terem nascido dentro de sociedades que só conseguem exibir um quadro individualista, triste na alma e afastado das coisas simples como a gentileza e o afeto. São modelos que direcionam a todo instante, orientando de acordo com os interesses de poucos, nas escalas familiares e sociais, como devemos ser e agir. A julgar pelos resultados obtidos até agora, essa condução se mostra extremamente equivocada. Os americanos, pela profunda mudança que estabeleceram, parecem estar convencidos disso. Mas países como o Brasil terão que rever profundamente o padrão de relacionamento e desenvolvimento que querem instaurar. Estarmos próximos da barbárie, onde a sociedade sofre de todos os males físicos e espirituais em coro, é motivo para uma grande reflexão. A eleição de Obama é um presente para o mundo, independente do que ele vier a realizar. O importante, hoje, é o que ela significa. Mostrar que é possível mudar radicalmente foi a dádiva do século e, por isso, é hora de agradecer e reverenciar a coragem e audácia americana. Por aqui, nos resta prestar bastante atenção no que está acontecendo e aprender.

David Lamy

Na esteira da valorização do negro, com desenvolvimento paralelo ao atual presidente americano, o inglês David Lamy, ao lado de Obama na foto acima, é uma dessas figuras espetaculares. Basta dizer que aos 28 anos de idade foi eleito para o parlamento britânico com o título de o mais novo político da casa. Serviu ao país em diversas pastas nos gabinetes do governo de Tony Blair e Gordow Brown, como subsecretário de saúde e Ministro de Assuntos Constitucionais, de Cultura e do recém criado Ministério das Habilidades, que engloba Inovação e Universidades. Com histórico esquerdista, de família humilde da cidade operária de Tottenham, integrante do Partido Trabalhista do Reino Unido, encapsulado pelo corporativismo entre nações e a bandeira de Tony Blair, surpreendeu como ativista da educação por natureza e convicção. Trabalha muito para difundir o estudo acadêmico e o técnico profissionalizante em sindicatos e em cooperativas em geral - especialmente de ex-presidiários - na busca de um maior equilíbrio entre o ensino formal e o vocacional - aquele que conhecemos como autodidata.

Vocação e habilidade

O pensamento de Lammy se torna relevante nesse incontestável momento de transformação porque suas ações são pautadas também pela simplicidade, voltadas para a formação técnica de adultos em modo contínuo, identificando em cada um a sua base vocacional, em apoio às habilidades práticas e simples como o serviço de encanador, eletricista ou trabalhador de fábrica. Segundo Lammy, há um desequilíbrio entre a formação para a praticidade do dia-a-dia e a formação de executivos e doutores acadêmicos. A idéia central dele é desenvolver mecanismos que possam garantir o desenvolvimento profissional com progressão hierárquica àqueles que estejam com a chamada mão na massa, criando o valor justo para remunerar esses serviços essenciais. Para que isso seja possível, ele sugere o ensino perpétuo, o que elevaria muito o grau de entendimento do profissional sobre aquilo que ele está trabalhando e também o capacitaria para abrir as portas de novas empreitadas, inclusive em outras áreas. Lammy considera que a economia moderna é essencialmente mutante e é por isso que o trabalhador deve se manter preparado para criar interfaces apropriadas para enfrentar as mudanças e estar pronto para encarar essa condição, não como um entrave profissional, mas sim como uma oportunidade de desenvolvimento. Em entrevista à Revista Desafios, ele disse: “eu era um advogado antes de ser político, mas não acho que o mundo precise de mais advogados, nem contadores. Veja, por exemplo, o desafio das mudanças climáticas. Quem solucionará esse problema não serão os advogados, mas engenheiros e cientistas”. Ele fundamenta tudo o que diz com a própria variante profissional e com as necessidades reais do mundo moderno. Além da flexibilidade e da adaptabilidade, Lammy levanta, ainda, a questão da importância de saber falar várias línguas, já que a tendência é o emprego não ter mais fronteiras. Todo o seu trabalho é no sentido de otimizar e encurtar ao máximo o tempo da formação técnica britânica, para o que ele apresenta como o novo desafio do mundo, a corrida das habilidades do século XXI em substituição à corrida armamentista do século XX, esclarecendo sobre o que vai ser realmente importante daqui para frente. Algumas propriedades são fundamentais para a fluência das habilidades. Nas entrelinhas desse movimento diplomático está a capacidade de se relacionar, de se comportar humildemente, a prática de atitudes equilibradas e se utilizar do máximo de respeito nas relações humanas. O brilhantismo de Lammy está em falar isso em alto e em bom som para os britânicos e para o mundo, revelando a nova era onde arte de ser hábil com a mente, as mãos e as palavras será a grande fonte de riqueza das nações. Que o diga Barack Obama.

Paralelo das Américas

A mudança radical no comando de uma nação não foi um desejo exclusivo do povo americano. No Brasil, essa manifestação foi evidenciada na eleição do trabalhador pernambucano Lula. Da mesma forma que o negro americano, hoje no comando da Casa Branca, sofreu e ainda sofre com o preconceito e a desvalorização social, o trabalhador brasileiro, especialmente o nordestino, que ainda alimenta as fábricas do sudeste com mão-de-obra barata e em muitos casos escrava, foi a carta da manga do cidadão comum para mudar os rumos do Brasil na sua história política, social e econômica. Independente da qualidade do comando que Lula ou Obama exerçam, o que deve ser ressaltado historicamente é o desejo da mudança e a força soberana que os povos tiveram para conduzir os dois ao poder. Os discursos dessas duas lideranças sempre foram em prol da camada mais pobre da sociedade e apaixonadamente pela nação em si. Os olhares emocionados e as expressões reflexivas e verdadeiras em ambas as posses representaram a esperança pública e notória dos seus cidadãos americanos e brasileiros em viver dias melhores. O fato de as palavras dos presidentes se manterem firmes e orientadoras dá a segurança e credibilidade tão necessárias para a efetivação de um governo de qualidade e realmente próspero. E o apoio do povo se mantém incondicional e dá respaldo político para enfrentar as adversidades sempre presentes nas empreitadas pelos representantes das elites. Durante os dois mandatos de Lula, o Presidente conseguiu manter o foco em duas plataformas básicas para o desenvolvimento do Brasil: um exemplar controle de caixa e fluxo financeiro, e a criação de mecanismos de apoio financeiro e social às famílias mais carentes, especialmente do nordeste do Brasil. As ações para recuperar a economia e resgatar a auto-estima americana podem estar próximas da receita nordestina de Lula e Obama já deu sinais que irá servir ao mundo um prato parecido. O que deve ser ressaltado é a simplicidade exposta nas palavras de ambos sobre o que será feito. A grande maioria entende, quer e assina em baixo. Os índices de popularidade dos dois líderes corroboram isso. Há, é verdade, algumas diferenças entre os dois, mas não com relevância suficiente para sobressair à espiritualidade, humildade e simplicidade com que ambos se apresentam às suas nações e ao mundo. Chama atenção o diferencial da pauta da ética como o primeiro norte de Obama e são de grande dignidade as suas ações explicitas para que essa base moral se torne a máxima do estado americano. Contudo, mesmo que ainda não possa ser vislumbrada no Brasil com tanto vigor e determinação, há em Lula a força para energizar o país com essa prerrogativa. O momento é de glória mundial onde as mudanças serão feitas com o aval de todo o planeta. O momento é de reflexão para perceber que o desejo de mudanças não está só nas questões administrativas e operacionais. O momento é de conscientização sobre a necessidade de ter outro tipo de relação com o próximo, com a cidade, com as lideranças e com o mundo, onde possamos ser orientados pela ética, verdade, simplicidade, solidariedade, poupança e preservação. Não será fácil. Mas, pelo menos, já sabemos por onde ir.

DE VOLTA AO ÓBVIO

O que desaba nas profundezas de um imenso bolso vazio é o crédito lastreado numa solidez e sustentação que nunca existiu. Toda a cadeia de produção e de comercialização interligada mundialmente sofre dos mesmos males: a evaporação de um dinheiro alimentado pela fantasia monetária das instituições financeiras e a falta de reserva individual de dinheiro de verdade - aquele que um bom poupador tradicional costuma guardar embaixo do colchão. A crise é o momento onde a reserva financeira é o único dispositivo capaz de dar segurança às pessoas, às famílias, às empresas, às cidades e ao país, para passar a turbulência e a incerteza nas quais, no momento, o planeta todo está vivendo. Temos que tirar o chapéu para a reserva de Lula, tantas vezes contestada e que agora, diante de um mundo sem o dinheiro lastreado em cofres fantasmas, mostra o seu valor.

Viciados no consumo

Os americanos das últimas décadas, em termos gerais, nasceram viciados no uso do dinheiro dos outros para consumir num ambiente onde tudo é crédito e nada vem de uma reserva pessoal. Como educá-los a não hipotecar as casas onde moram? Como mudar o perfil das pessoas que usam crédito desde o dia que nasceram e que agora precisam aprender a poupar? No Brasil, especialmente nas grandes capitais, na era pós-inflação, fomos tomados pela condição de inúmeras parcelas para consumir ilusoriamente sem juros. Isso é, nos ensinaram a gastar o dinheiro de quem poupou para encurtar o tempo de realização das nossas vontades quase sempre desnecessárias. Há um vírus de consumo por meio do crédito latente na veia da grande maioria dos consumidores brasileiros e que será muito difícil vencê-lo. Mesmo com os excelentes argumentos quanto ao pagamento dos juros reais mais altos do planeta e o exemplo da tsunami financeira nos EUA, muita gente ainda acha que vale à pena seguir com o consumo, muitas vezes inútil, utilizando recursos do bolso dos outros sem se preocupar com o alto custo disso.

Saturação mental

O fomento para a utilização do crédito é diário. Os anúncios das grandes lojas dão verdadeiros choques promocionais na mente dos possíveis consumidores, animando-os com as possibilidades de compras parceladas e depois da operação, os jogam no enorme contingente de devedores. Sim, qualquer operação com o cartão de crédito transforma imediatamente o cidadão em um devedor. As classes C e D, antes mais pobres, mas agora com cartões de crédito no bolso, encontraram a sensação de respeito público quando conquistaram limites financeiros próprios para a compra de uma infinidade de eletrodomésticos e outras coisinhas. É comum encontrar barracos em regiões carentes com muita tecnologia dentro e um carnê interminável sobre a cômoda. Mas, também, é comum encontrar pessoas de bem com a auto-estima estraçalhada por não terem condições de honrarem os compromissos financeiros assumidos num contexto, antes, animador.

Simplicidade oriental

Há algum tempo, em uma reportagem, pude acompanhar um chinês em Xangai comprando um carro de luxo 0 km na concessionária. Para pagar, ele tirou vários maços de dinheiro de dentro de uma sacola de feira e realizou o negócio. Aquilo foi chocante! Nunca vi algo parecido por aqui. Uma cena que por lá me foi mostrado como a coisa mais normal do mundo. Isso revela uma configuração social onde crédito e poupança são fontes para o consumo regido por uma ordem cultural. No Brasil, compramos carros com carnês cheios de boletos que mais parecem livros de tão gordos. Na China, até mesmo os consumidores mais simples, recorrem ao dinheiro vivo da sua reserva de recursos próprios para adquirirem bens de alto valor.

O cair da ficha

Compreender que não precisamos do dinheiro de terceiros para viver é o primeiro passo para reconduzir as pessoas para uma vida sem tantas amarguras provenientes de dívidas cada vez mais difíceis de pagar. O segundo, é mostrar que nem tudo que desejamos é necessário para a nossa felicidade, e que um colchão financeiro nos deixa com uma paz de espírito muito mais duradoura do que qualquer TV de 42 polegadas. O terceiro, é esclarecer que é muito melhor conduzir a vida tendo recursos para definir os seus próprios caminhos do que ser obrigado a fazer o que não quer para pagar os caprichos do passado.

LIBIDO


Mulheres podem estar praticando monogamia oportunista em série

Estudos realizados nos Estados Unidos revelam que mulheres com uma concentração mais elevada de um hormônio ligado à auto-estima se consideram atraentes e têm mais chances de ter casos extraconjugais, trocando de parceiros com freqüência. A pesquisa foi feita pela Universidade do Texas, em Austin, e relaciona o nível de auto-estima com a quantidade de um determinado hormônio chamado estradiol. Os cientistas afirmam que essas mulheres, turbinadas com esse hormônio, têm a tendência de se sentirem menos satisfeitas com seus parceiros e menos comprometidas com eles. Os autores da pesquisa revelam que as mulheres praticam uma espécie de “monogamia oportunista em série”, onde estão, de modo instintivo, sempre atentas à uma oportunidade de melhorar a qualidade do relacionamento. Segundo a psicóloga Kristina Durante, a principal autora da pesquisa, publicada na revista Biology Letters, da Royal Society, esse comportamento faz parte da natureza da mulher e conseguir um parceiro que seja ao mesmo tempo um bom provedor de estabilidade para a família e que tenha bons genes para procriar não é lá muito fácil. Por isso, muitas mulheres alternam um relacionamento mais duradouro com aventuras com homens mais atraentes, em busca da melhora dos genes para uma possível procriação. O hormônio estradiol está ligado à fertilidade e à saúde reprodutiva da mulher. As que não tomam pílulas anticoncepcionais estão ainda mais vulneráveis ao hormônio, que tem especial poder de atuação em mulheres solteiras à caça do progenitor.

Cicatrizes

Outra pesquisa revela que cicatrizes leves no rosto podem fazer com que um homem fique mais atraente, pelo menos para relações de curto prazo. A pesquisa, publicada na revista acadêmica Personality and Individual Differences, envolveu 223 pessoas - 147 mulheres e 76 homens. Os resultados revelaram que as mulheres consideram homens com cicatrizes mais atraentes para um relacionamento rápido, mas não para relações de longo prazo, ou seja, aquele que pode melhorar a qualidade dos genes para a reprodução. Porém, não é para qualquer cicatriz que as mulheres dão atenção. Se a marca tiver relação com catapora e acne, ou que sugerem uma cirurgia, indicando um sistema imunológico fraco, podem ser vistas de maneira mais negativa e abortar uma aproximação maior. As cicatrizes consideradas atraentes são aquelas aparentemente associadas com eventos pós-traumáticos ou com algum tipo de violência. Segundo pesquisadores, não está claro porque, exatamente, as mulheres acham homens com cicatrizes mais atraentes, mas uma teoria pode ser a de que as marcas fornecem evidência de um trauma passado e podem dar informações sobre a história e a personalidade do homem.

Escolhas erradas

A surpresa sobre a importância do hormônio no processo de atração vem da Universidade de Liverpool, no norte da Inglaterra, onde os cientistas descobriram que a pílula anticoncepcional pode perturbar o sentido do olfato inerente nas mulheres, levando-as a escolher um parceiro inadequado geneticamente. Para os pesquisadores ingleses as mulheres são naturalmente atraídas por homens que são geneticamente diferentes delas. E em termos de evolução, isso seria muito útil porque garantiria que os filhos herdassem uma gama mais ampla de genes e tivessem sistemas imunológicos mais fortes. Os resultados da pesquisa mostraram que as mulheres que tomavam anticoncepcionais mudaram sua preferência para homens que eram geneticamente mais similares a elas. Ou seja, a pílula se mostra capaz de alterar os sentidos naturais da mulher e romper o desenvolvimento genético inerente a ela. Os pesquisadores destacam, ainda, que isto pode levar a mulher ter problemas relativos à fertilidade e ao aumento do número de abortos involuntários. Eles revelam que parceiros geneticamente semelhantes têm menos chances de reproduzir.