Mulheres podem estar praticando monogamia oportunista em série
Estudos realizados nos Estados Unidos revelam que mulheres com uma concentração mais elevada de um hormônio ligado à auto-estima se consideram atraentes e têm mais chances de ter casos extraconjugais, trocando de parceiros com freqüência. A pesquisa foi feita pela Universidade do Texas, em Austin, e relaciona o nível de auto-estima com a quantidade de um determinado hormônio chamado estradiol. Os cientistas afirmam que essas mulheres, turbinadas com esse hormônio, têm a tendência de se sentirem menos satisfeitas com seus parceiros e menos comprometidas com eles. Os autores da pesquisa revelam que as mulheres praticam uma espécie de “monogamia oportunista em série”, onde estão, de modo instintivo, sempre atentas à uma oportunidade de melhorar a qualidade do relacionamento. Segundo a psicóloga Kristina Durante, a principal autora da pesquisa, publicada na revista Biology Letters, da Royal Society, esse comportamento faz parte da natureza da mulher e conseguir um parceiro que seja ao mesmo tempo um bom provedor de estabilidade para a família e que tenha bons genes para procriar não é lá muito fácil. Por isso, muitas mulheres alternam um relacionamento mais duradouro com aventuras com homens mais atraentes, em busca da melhora dos genes para uma possível procriação. O hormônio estradiol está ligado à fertilidade e à saúde reprodutiva da mulher. As que não tomam pílulas anticoncepcionais estão ainda mais vulneráveis ao hormônio, que tem especial poder de atuação em mulheres solteiras à caça do progenitor.
Cicatrizes
Outra pesquisa revela que cicatrizes leves no rosto podem fazer com que um homem fique mais atraente, pelo menos para relações de curto prazo. A pesquisa, publicada na revista acadêmica Personality and Individual Differences, envolveu 223 pessoas - 147 mulheres e 76 homens. Os resultados revelaram que as mulheres consideram homens com cicatrizes mais atraentes para um relacionamento rápido, mas não para relações de longo prazo, ou seja, aquele que pode melhorar a qualidade dos genes para a reprodução. Porém, não é para qualquer cicatriz que as mulheres dão atenção. Se a marca tiver relação com catapora e acne, ou que sugerem uma cirurgia, indicando um sistema imunológico fraco, podem ser vistas de maneira mais negativa e abortar uma aproximação maior. As cicatrizes consideradas atraentes são aquelas aparentemente associadas com eventos pós-traumáticos ou com algum tipo de violência. Segundo pesquisadores, não está claro porque, exatamente, as mulheres acham homens com cicatrizes mais atraentes, mas uma teoria pode ser a de que as marcas fornecem evidência de um trauma passado e podem dar informações sobre a história e a personalidade do homem.
Escolhas erradas
A surpresa sobre a importância do hormônio no processo de atração vem da Universidade de Liverpool, no norte da Inglaterra, onde os cientistas descobriram que a pílula anticoncepcional pode perturbar o sentido do olfato inerente nas mulheres, levando-as a escolher um parceiro inadequado geneticamente. Para os pesquisadores ingleses as mulheres são naturalmente atraídas por homens que são geneticamente diferentes delas. E em termos de evolução, isso seria muito útil porque garantiria que os filhos herdassem uma gama mais ampla de genes e tivessem sistemas imunológicos mais fortes. Os resultados da pesquisa mostraram que as mulheres que tomavam anticoncepcionais mudaram sua preferência para homens que eram geneticamente mais similares a elas. Ou seja, a pílula se mostra capaz de alterar os sentidos naturais da mulher e romper o desenvolvimento genético inerente a ela. Os pesquisadores destacam, ainda, que isto pode levar a mulher ter problemas relativos à fertilidade e ao aumento do número de abortos involuntários. Eles revelam que parceiros geneticamente semelhantes têm menos chances de reproduzir.
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