SHANGHAI, CHINA

O século XXI de uma tradicional cultura milenar

Com mais de 15 milhões de habitantes, Shanghai desponta como uma das maiores e mais modernas metrópoles da Terra. A cada seis meses, a cidade recebe mais de 3 mil empresas estrangeiras, e 300 das 500 maiores companhias do mundo listadas pela revista Forbes já estão na cidade fomentando negócios não só na China, mas também, em todos os continentes do planeta. Pouco explorada pela mídia brasileira, Shanghai transformou as cenas de 15 anos atrás, onde milhares de bicicletas (elas ainda existem em muito menos intensidade) tomavam as ruas como formigas em um enorme formigueiro, em coisas de um passado que hoje, mesmo em ruas tradicionais, só poderá ser visto em telas de cinemas “cult”. Num cenário tipo “Blade Runner”, a cidade, 24 anos depois da estréia do referido filme, apresenta um clima de muita tecnologia com luzes de néon piscando na mesma intensidade que em Times Square, New York.

Arrojada e surpreendente

A nova arquitetura imponente, arrojada, intrigante, como a apresentada na torre de TV, e a miscigenada, explorada no museu da cidade, são reflexos de uma impressionante capacidade de mutação que envolveu desafiar os costumes de uma população com uma forte veia tradicional, vivendo sob as regras de um governo comunista rígido. Em Shanghai, está o Jin Mao Tower, um arranha-céu com 420 metros de altura, que tem o título de o terceiro edifício mais alto do mundo com 88 andares. A tecnologia fala alto e o elevador que coloca o visitante num mirante espetacular no topo do edifício, o faz à velocidade de 9 metros por segundo - um foguete! No terreno ao lado, há uma área reservada para a construção do World Financial Center, que terá 460 metros de altura, 94 andares, e vai ser o maior edifício do planeta já em 2007.

Na cidade velha, muita tradição, tecnologia, pechincha e consumidores orientais e ocidentais ávidos por boas compras

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Classe média forte e com grandes perspectivas

A cidade cercada por um cinturão industrial e centenas de grandes edifícios, vai se acostumando com os engarrafamentos e os estresses típicos das mega-cidades ocidentais. O surgimento de uma classe média com forte poder de compra foi um acontecimento natural em função da abertura econômica chinesa, que proporciona um aumento na renda per capta superior a 13% ao ano. Lojas do McDonald's, Starbucks, KFC e Pizza Hut pipocam pela cidade numa velocidade assustadora. Todas elas baseadas em estudos de viabilidade econômica, que consideram Shanghai um dos mais seguros investimentos. A velha Shanghai, um museu vivo e atuante, recebe os turistas que vão em busca de uma espécie de “feira do Paraguai”, onde ofertas incríveis são oferecidas aos ávidos compradores. De tudo é possível encontrar por lá, desde os Rolex falsificados, parecidos com aqueles de Chinatown em Manhantan, NY-EUA, até cortes originais de Hugo Boss.

Cultura e entretenimento

de peças milenares da história chinesa com galerias de bronzes, esculturas, porcelanas, gravuras, selos, mobiliário, vestuário e moedas antigas, a par de exposições temporárias de colecções de arte internacionais. A exemplo de vários museus ocidentais, há uma loja especializada em lembranças, com uma enorme gama de “gifts” para tornar a visita inesquecível.

A Manhathan do oriente tem um comércio vibrante dia e noite

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Na Shanghai Bookstore verifica-se uma edição oriental da Fnac. Multiplicando por 7 a que conhecemos no Parkshopping, Brasília, vamos encontrar centenas de chineses e turistas comprando, lendo, estudando ou apenas curtindo as novidades em uma das maiores opções de lazer da cidade. Shanghai deverá sediar a EXPO 2010, uma feira imperdível de mostra de tecnologias e entretenimento mundial, e até lá, deverá colocar em funcionamento regular um trem bala de levitação magnética, denominado Transrapid Maglev, a última cartada da tecnologia alemã, que vai ligar o aeroporto ao centro financeiro da cidade a uma velocidade

de cruzeiro de 430 km/h.

Museu de Shanghai - a tradição reeditada por linhas modernas

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Gastronomia exótica

O piso de madeira, os painéis trabalhados, as cadeiras elegantes de pernas curtas, os detalhes tradicionais no teto e os uniformes característicos dos costumes chineses são algumas das ferramentas que o Green Willow Village Restaurant - Restaurante típico chinês, que data de 1936, usa para rechear os visitantes com pratos que vão desde mariscos à surpreendente carne de cão. Não menos tradicional, mas com registros de visitantes famosos como o Presidente francês, Jacques Chirac, diversas autoridades estrangeiras e artistas famosos, o Mei Long Zhen Restaurant se destaca por oferecer pratos de reconhecido gabarito como as barbatanas de tubarão e caranguejo, e uma enorme caldeirada de peixe e marisco a preços muito acessíveis. Para os mais moderninhos, o Red Dot Restaurant oferece saladas, pizzas e sanduíches com um toquezinho oriental. Lá é possível fazer um happy-hour de fim de tarde ou mesmo dar uma paradinha estratégica para um café expresso. O restaurante mais sofisticado de Shanghai é o M on the Bund. Localizado no terraço de um edifício construído em 1920, tem uma vista espetacular para o centro financeiro da cidade e oferece pratos de extrema sofisticação como tapas à espanhola, tuna niçoise, bolito misto italiano e um prato persa (fessejan).

A torre de TV de Shanghai é um marco arquitetônico e atrai milhares de turistas de todo o mundo

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O local ainda oferece particularidades como a carne que vem da Austrália, a água da Itália (Panna) e vinhos da Austrália, Chile ou França. Além disso, é possível ouvir interpretações ao vivo do mais puro Jazz americano ao despojado João Gilberto. Por tudo isso, Shanghai se revela, para quem tem um dinheirinho guardado, como uma opção de extrema riqueza para se viver momentos pra lá de inesquecíveis. Quem sabe no mês dos namorados... Conhecer Shanghai e suas atrações não é tão complicado. Há pacotes especiais oferecidos por diversas operadoras.